3.1.13

Súmula bíblica contra protestantes - Parte 3


COMUNHÃO

(Vide Eucaristia e Missa)

Os protestantes, no afã de insinuar dúvidas, dizem que o padre comunga “o vinho e a hóstia, mas não dá o vinho aos católicos”. Objeção tola. Na Bíblia está a resposta:

LUC. XXIV, 30-31: ― E aconteceu que, sentando à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lho serviu; então se lhes abriram os olhos e o reconheceram”.

ATOS, II, 12: ―  “Eles perseveraram na doutrina dos Apóstolos, na comunhão da fração do pão e nas orações”.

ATOS, XX, 7: ― “No primeiro dia da semana, estando nós reunidos, para partir o pão, Paulo disputava com ele, e foi alongado o discurso até a meia noite...”

Iª COR. X, 16-17: ― E o pão que partimos, não é, acaso, a comunhão do corpo do Senhor ? Porque nós, que somos muitos, somos um pão somente, e um só corpo, pois que nós todos comungamos de um mesmo pão”.

Vale a pena ler todo o Cap. X, onde aparece, com toda a evidência, o mistério da Presença Real de Cristo debaixo das espécies do pão e do vinho. O Apóstolo como que desafia os protestantes de hoje a retrucarem se “o pão que partimos acaso não é o corpo do Senhor?”.


CONCÍLIOS DA IGREJA

(Vide CHEFES)

1. ― OS CONCÍLIOS OU ASSEMBLÉIAS DE BISPOS EM NOME DE CRISTO, SÃO ASSISTIDOS PELO ESPÍRITO SANTO

MAT. XVIII, 20: ― “Onde quer que dois ou três se reunam em meu nome, ali estou no meio deles”.

ATOS, XV, 28: ― “Porque pareceu bem o Espírito Santo e a nós não vos impor  maior jugo além do seguinte necessário”.

2. ― SEUS PRECEITOS DEVEM SER OBSERVADOS PELOS FIÉIS

ATOS, XV, 41: ― “E (Paulo) andava pela Síria e pela Cilicia, confirmando as Igrejas, ordenando que guardassem os preceitos dos Apóstolos e dos Presbíteros” (dados no Concílio de Jerusalém).

ATOS, XVI, 4: ― “E quando andavam pelas cidades, ensinavam-lhes que observassem as decisões que haviam sido tomadas pelos Apóstolos e Presbíteros em Jerusalém (no Concílio)”.

ATOS, XVI, 4: ― “E quando andavam pelas cidades, ensinavam-lhes que observassem as decisões que haviam sido tomadas pelos Apóstolos e Presbíteros em Jerusalém (no Concílio)”.


CONFIRMAÇÃO OU CRISMA

ATOS, VIII, 15-17: ― “Os quais (Pedro e João), tendo chegado, fizeram oração por eles, afim de receberem o Espírito Santo, porque Ele ainda não tinha descido sobre eles, mas somente tinham sido batizados em nome do Senhor Jesus”.

ATOS, XIX, 6 ― “E tendo-lhes Paulo imposto as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo, e falaram diversas línguas e profetizaram”.

NOTA: ― Comumente, na primitiva Igreja, logo após a recepção da Crisma, o Espirito Santo se manifestava-se pelo dom das línguas, pela profecia, dom de milagres, etc. para maior edificação das almas. Isto revela no texto acima.

IIª COR. I, 21-22: ― “Ora, o que nos confirma em Cristo convosco, e que nos ungiu é Deus, o qual também nos imprimiu seu selo (caráter sacramental) e deu em nosso corações o penhor do Espírito”.

NOTA: ― Este texto revela, como muitos outros, haver um sacramento que se segue ao Batismo, e que se faz com a unção do óleo: é a Confirmação ou Crisma, que a Igreja nos ministra.

HERB. VI, 1-2: ― “ Pelo que, deixando de discorrer acerca dos primeiros rudimentos acerca de Cristo, elevemo-nos a coisas mais perfeitas, sem lançar de novo os fundamentos da conversão das obras mortas (do pecado) e da fé em Deus, da doutrina sobre os Batismos e da imposição das mãos (Crisma)”.

EFES. I, 13-14: ― “...Tenho crido nele, fostes marcados com o selo do Espírito Santo, que tinha sido prometido, o qual é o penhor da nossa herança, para a redenção do povo conquistado”.

Iª JOÃO, II, 20: ― “Porém, vós recebestes a unção do Espírito Santo, e sabeis todas as coisas (necessárias)”.

IEM, 27: ― “E permaneça em vós a Unção que recebestes dele”.

ECL. III, 4: ― “O que ama a Deus implorará o perdão de seus pecados e se absterá de tornar a cair neles”.

ECL. IV, 31: ― “Não te envergonhes de confessar os teus pecados, mas não te submetas a ninguém para pecar”.

IIª ESD. IX, 1 E 2: ― “E no dia 24 deste mês se ajuntaram os filhos de Israel em jejum e vestidos de sacos e cobertos de terra. E os da linhagem dos filhos de Israel foram separados de todos os filhos estrangeiros; e confessaram os seus pecados e as iniqüidades de seus pais”.

PROV. XXVIII, 13: ― “Aquele que esconde as suas maldades não será bem sucedido; aquele, porém, que as confessar e se retirar delas alcançará misericórdia”.

2.  NA TRANSIÇÃO DO ANTIGO TESTAMENTO PARA O N.T., JOÃO BATISTA EXIGIA A CONFISSÃO  DOS PECADOS

MAT. III, 6: ― “Então vinham a ele a circunvizinhança do Jardão, e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados”.

NOTE-SE que estes textos não falam ainda da confissão sacramental, que foi instituída por Cristo para sua Igreja. Falam da confissão penitencial, que não era sacramental, mas fazia as vezes de sacramento.

3. ― NA PRIMITIVA IGREJA, USAVA-SE A CONFISSÃO

ATOS, XIX, 18: ― “E muitos dos que tinham crido iam confessar e  manifestar suas obras”.

S. TIAGO, V, 16: ― “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros para serdes salvos; porque a oração fervorosa do justo pode muito”.

Iª S. JOÃO, I, 9: - “Se nós confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar estes nossos pecados e para nos purificar de toda iniqüidade”.

Estes textos falam da verdadeira confissão sacramental instituída por Cristo, conforme a melhor  interpretação. (1) Pouco importa que não falem de confissão auricular feita só ao padre. Nos começos do cristianismo usava-se a confissão pública

4. ― A CONFISSÃO DEFLUI DO PODER DE PERDOAR PECADOS  QUE  CRISTO  CONFERIU A SUA IGREJA

MAT. XVIII, 18: ― “Tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu; e tudo o que desligardes sobre a terra será desligado no céu”.

Para um juiz dar uma sentença ligando ou desligando alguém  relativamente a uma pena ― é óbvio que lhe deve ser declarada a culpa do réu. É esta a razão porque o penitente tem necessidade de declarar seu pecado ao confessor, afim de este perdoar ou não, perdoar ou reter.

JOÃO, XX, 22-23: - “Tendo dito estas palavras, soprou sobre eles (os Apóstolos) e disse: Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; e aqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos”.


EUCARISTIA

(Ver Comunhão e Missa)

I.  JESUS PROMETEU DAR-SE EM ALIMENTO

JOÃO, VI, 1 e segs. O grande milagre que aqui se conta é símbolo da Eucaristia, que Jesus iria dar pela salvação do mundo. Ler toda a primeira parte deste capítulo.

JOÃO, VI, 27: ― “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que dura até a vida eterna, A qual o Filho do Homem vos dará”.

NOTA: ― Este texto resolve a controvérsia sobre se o alimento que Jesus promete dar mais tarde é sua palavra (pão metafórico), ou se é de fato seu corpo (Eucaristia).
Veja-se o verbo final do texto: comida que o Filho do Homem vos dará. Se Ele quisesse significar o pão de sua palavra, tomada como alimento espiritual, não teria dito - vos dará, mas - vos dá, pois que presentemente já Ele estava dando este alimento. Trata-se, evidentemente, daquele alimento que Ele dará na última Ceia - a Eucaristia.

2. ― JESUS INSTITUIU A EUCARISTIA

MAT. XXVI, 26: ― “E Quando ceavam, Jesus tomou o pão, e o benzeu, e o partiu e deu-o aos seus discípulos, dizendo: TOMAI E COMEI; ESTE É O MEU CORPO”

IDEM, 27: ― “E tomando o cálice deu graças, e deu-lho, dizendo: Bebei dele todos, porque É O MEU SANGUE DO NOVO TESTAMENTO, O QUAL SERÁ DERRAMADO POR MUITOS PARA A REMISSÃO DOS PECADOS”.

(Vide idem em Marc. XIV, 22-24; Luc. XXII, 19-20)

Iª COR, XI, 23-25: - “Porque eu recebi do Senhor, o que também vos ensinei a vós, que o Senhor Jesus, na noite em que foi entregue, tomou o pão, e dando graças o partiu e disse: “RECEBEI E COMEI ISTO É O MEU CORPO QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS: Fazei isto em memória de mim... etc.”.

NOTA-SE a identidade real que é afirmada por Cristo entre “este pão” e  “este corpo” que será entregue à morte.
Por isto é que dizem os teólogos que se dá na Eucaristia uma Transubstanciação (mudança) do pão no corpo de Cristo. (1)

3. ― EFEITOS DA CAMUNHÃO

JOÃO, VI, 50-52: ― “Este e o pão que desceu do céu, para que aquele que dele comer não morra . Eu sou  o pão vivo que desci do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente; o pão que eu darei é a minha carne (que será sacrificada) para a salvação do mundo”.

JOÃO, VI, 54-59: ― “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia...
Quem como a minha carne e bebe o meu sangue fica em mim e eu nele. Do mesmo modo que o Pai me enviou, e como eu vivo pelo Pai, assim também viverá por mim quem me recebe em alimento”.


EXTREMA-UNÇÃO

TIAGO, V, 14-15: ― “Está entre vós alguém enfermo? Chame os presbíteros (sacerdotes) da Igreja, e eles façam oração sobre o enfermo, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor; e a oração da fé  salvará o enfermo, e o Senhor o aliviará. E  caso esteja em pecados, ser-lhe-ão perdoados”.

S. Tiago não prescreveria isto, se Jesus não o houvera instituído. É, pois, de concluir-se que a Extrema-Unção é de instituição divina. (1)

Há dela um vislumbre na vida pública de Cristo, quando Marcos descreve a atividade dos Apóstolos:

MARCOS, VI, 12-13: ― “E tendo partido (os doze) pregavam aos povos que fizessem penitência. E expeliam muitos demônios, e ungiam com óleo muitos enfermos e os curavam”.


FÉ E OBRAS

1. ― A VERDADEIRA FÉ É NECESSÁRIA PARA A SALVAÇÃO

MARC. XVI, 16: ― “Quem crer e for batizado, será salvo; mas quem não crer será condenado”.

JOÃO, II, 18: ― “Quem nele crê não é condenado, mas o que não crê já está condenado, porque não crê no nome do Filho Unigênito de Deus”.

IDEM XI, 26: ― “Todo o que vive e crê em mim não morrerá eternamente”.

ROM. X, II: ― “Todo o que crê nEle não será confundido”.

HEBR, XI, 6-7: ― “Ora, sem fé é impossível agradar a Deus. Porquanto, é necessário que, quem se aproxima de Deus creia que Ele existe e que é remunerador dos que o buscam.

Pela fé foi que Noé, avisado por Deus, das coisas que ainda não se viam... tornou-se herdeiro da justiça que se obtém pela fé”.

2. ― A FÉ SEM OBRAS É MORTA

TIAGO, II, 14-17: ― “Que aproveitará , irmãos meus, se alguém diz que tem fé, e não tem obras ? Porventura poderá salvá-lo tal fé ? Assim também, a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma”.

IDEM II, 26: ― “Bem como um corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta”.

GAL. V, 6: ― “Em Jesus Cristo, nem a circuncisão vale coisa, nem a incircuncisão, mas sim a fé que opera pela caridade”.

3. - AS BOAS OBRAS SÃO MERITÓRIAS

GÊN. IV, 7: ― Porventura, se tu fizeres boas obras, não receberás galardão, e se fizeres obras más, não estará o pecado logo à porta?”

IDEM, XXII, 16-17: ― “Por mim mesmo jurei, diz o Senhor, porque fizeste tal coisa, e não poupaste teu filho único por amor de mim, eu te abençoarei e multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céu...”

SALMO XVII, 21: ― “E o Senhor retribuirá segunda a sua justiça e me recompensará segundo a pureza (das obras) de minhas mãos”.

MAT. V, 11-12: ― “Bem-aventurados sereis, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disseram todo mal contra vós, por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”.

MAT. X, 42: ― “E todo o que der a beber um só copo d´agua a um destes pequeninos, porque meu discípulo, na verdade, vos digo que não perderá a sua recompensa”.

MAT. XVI, 27: ― “Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai com seus Anjos, e então retribuirá a cada um segundo suas obras”.

ROM. II, 6: ― “(Deus) retribuirá a cada um segundo as suas obras”.

EFES. VI, 8: ― “Cada um receberá do Senhor a paga do bem que tiver feito, ou seja escravo, ou livre”.

IIª TIM, VI, 17-19: ― “Manda aos ricos deste mundo... que façam o bem, que se façam ricos em boas obras... como um fundamento sólido para o futuro, afim de alcançarem a verdadeira vida”.

4. - A FÉ NÃO IMPLICA CERTEZA ABSOLUTA DO ESTADO DE GRAÇA, NEM A SALVAÇÃO

ROM. XI, 22: ― “Considera, pois, a bondade e severidade de Deus: a severidade para com aqueles que ciaram; a bondade de Deus para contigo, se permaneceres no bem. Doutra maneira, Tu  também serás cortado.

Iª COR, IX, 27: ― “Castigo o meu corpo e o reduzo à servidão, para não suceder que, depois de haver pregado aos outros, venha eu mesmo a ser condenado”.

NOTA: ― Eis aí a condenação da fé fiducial protestante que os leva à temeridade de arvorar-se em salvos, eximindo-se das obras de penitência, contrariamente a todo ensino evangélico.

Iª COR. X, 12: ― “Aquele, pois, que crê estar de pé, veja que não caia”.

IªIL. 11,12: ― “Portanto, meus caríssimos, trabalhai na salvação com temor e tremor.

13 ― porque Deus é quem opera em vos o querer e o executar segundo o seu beneplácito”.

APOC. III, 11: ― “Eis que venho brevemente; guardar o (tesouro da fé) que tens, para que ninguém roube a tua coroa”.

ROM. II, 13: ― “Diante de Deus não são justificados os que simplesmente ouvem a lei, mas os que a praticam...”

NOTA: ― É, pois, demasiada presunção querer o homem apoiar sua salvação numa confiança presunçosa que não é fé, mas abuso da misericórdia divina. O demônio também crê, mas treme”.
  

Retirado de: http://www.permanencia.org.br/drupal/node/871
Em : 03/01/2013
Autor :Pe. Antônio Miranda, S. D. N. - Manhumirim, 1960

Súmula bíblica contra protestantes - Parte 2


ASSUNÇÃO DE MARIA

Objetam muito os protestantes contra a Assunção, pedindo textos da Bíblia, que a comprovem.

O fato histórico da Assunção não se encontra na Bíblia, pois os livros do Novo Testamento foram escritos para pôr em foco Jesus Cristo. Não se ocupam, portanto, de Maria Sma. senão enquanto em função de Mãe de Cristo, e nada podem narrar de sua Assunção histórica.

Mas, não obstante, a Bíblia nos prova indiretamente que a Virgem Maria teve uma vitória completa sobre a morte em união com Cristo. Eis os textos:

GÊN. III, 15: ― “Porei inimizades entre ti e a Mulher, entre a tua descendência e a  descendência dela. E um dia Ela te esmagará a cabeça”.

Confia-se a interpretação que demos deste texto no artigo Imaculada Conceição.

Muitos Santos Padres o interpretam como sendo uma referência profética à mulher por excelência que teria uma vitória total sobre o Demônio.

Uma vitória total: quanto ao pecado e sua conseqüência, que é a morte. Assim deve-se deduzir que Nossa Senhora, segundo o augúrio da Bíblia, devia triunfar sobre a morte, ressurgindo e subindo ao Céu.

1º COR, 20-23: ― “Mas eis que ressuscitou Cristo, como primícias dos que morreram. Pois assim como por um homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Assim como em Adão todos morreram, também em Cristo todos serão vivificados”.

ECLE. XXV, 33. ― “De uma mulher teve princípio o pecado, por ela todos morremos”.

NOTA: Estes dois textos comparados nos mostram que o pecado entrou neste mundo por um homem ― Adão e por uma mulher ― Eva, e que a vida entrou por um Homem ― Cristo, que deve reconstruir tudo, e sua reconstituição de tudo vai até à ressurreição, de que Ele mesmo é as primícias. Mas, se a morte entrou por um homem e por uma mulher, Adão e Eva, a vida que entra por Cristo, entra também, de algum modo, por uma mulher, Maria. E se Cristo reconstitui a vida como primícias de ressurreição, Maria também devia participar desta reconstituição pela mesma forma, como primícias da ressurreição. Assim, deste texto de S. Paulo, deflui um forte argumento a favor da Assunção de Maria.

APOC. XII, 1 e segs.: ― “ Um grande sinal apareceu no céu: uma senhora vestida de sol e a lua debaixo de seus pés, e  sobre a sua cabeça uma cora de doze estrelas”.

“E a Senhora voou para o deserto, onde de Deus lhe tinha preparado um lugar”.

“E foram dadas à Senhora duas asas de uma grande águia, para que voasse para o deserto, para o lugar do seu retiro”.

NOTA: ― Leia-se todo o capítulo XII do Apocalipse e ver-se-á a luta do Dragão (Demônio) contra a Mulher (Maria), luta que culmina com a vitória total da Mulher.

HEBR. II., 14: ― “Como os filhos participam da carne e do sangue, também Ele (Cristo) participou das mesmas causas, afim de destruir, pela sua morte, “aquele que tinha o império da morte, isto é, o Demônio”.

Vê-se, por este texto, que é império do Demônio a morte. Maria para vencer, pois, o Demônio, tinha de triunfar da morte, pela Assunção gloriosa.


AVE-MARIA


1. ― ESTA ORAÇÃO QUE OS CATÓLICOS REZAM ESTÁ CONTIDA NO EVANGELHO

LUCAS, I, 28: ― “Entrando o Anjo, disse-lhe: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres”.

LUCAS, I, 42: ― “E exclamou (Isabel) em alta voz: “ Bendita é tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”.

2. ― ESTA ORAÇÃO É DIVINA, QUANTO À SUA ORIGEM.

LUCAS, I, 26 e segs.: ― foi pronunciada pelo Anjo Gabriel, “que foi enviado por Deus”, e portanto, falou em nome de Deus.

LUCAS, I, 41-42: ― Isabel a pronunciou “cheia do Espírito Santo”.


BATISMO

1. ― É ORDENADO POR JESUS CRISTO

Sem o Batismo ninguém pode entrar no céu. Sobre este assunto, vejamos os textos seguintes:

MAT. XXVIII, 18-19: “Foi-me dado todo o poder no céu e na terra. Ide, pois, ensinai a todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo...”.

JOÃO, III, 5: ― “Em verdade, vos digo: quem não renascer da água e do Espírito Santo, não pode entrar no reino de Deus”.

NOTE-SE que aqui Jesus não faz acepção de idade: todo aquele que quiser entrar no reino de Deus, terá que passar pelo Batismo ― renascer...

2. ― O BATISMO DE JESUS É DIFERENTE, ESSENCIALMENTE, DO DE S. JOÃO  BATISTA

MAT.III, II e segs: ― “Eu vos batizo com água, em sinal de penitência... Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo” - (Idem, Marcos 1, 8).

3.  FOI ADMINISTRADO PELOS APÓSTOLOS

ATOS, II, 38 e segs.: ― “Pedro lhes respondeu: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão de vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo”... Os que receberam a sua palavra foram batizados”.

ATOS, VIII, 36-38: ― “E continuando o caminho, chegaram a uma fonte... e  Felipe disse: Se crereis de todo o coração, é possível seres batizado... E desceram os dois à água, Felipe e o Eunuco, e o batizou”.

ATOS, X, 47-48: ― “E então Pedro tomou a palavra: Porventura pode alguém negar a água para que não sejam batizados estes que, como nós, receberam o Espírito Santo? E mandou que fossem batizados (Vide I Ped.III,21; Ef. V, 26).

 QUANTO AO BATISMO DAS CRIANÇAS

Não há nenhuma passagem da Escritura que o proíba. Pode-se argumentar com

LUC.XVIII, 16: ― “Deixai vir a mim as criancinhas, porque delas é o reino de Deus”.

Ora, a criança nasce contaminada com o mesmo pecado de origem (dos nossos primeiros pais). Para entrar no reino de Deus tem que passar pela morte do pecado, que é o Batismo.

Batismo por infusão ou ablução pg. 106


BÍBLIAS FALSIFICADAS

Os protestantes, para iludir os incautos, afirmam que a sua Bíblia é identicamente a mesma dos católicos.

Examinando, entretanto, algumas de suas traduções, notamos que lhes faltam os seguintes livros:

1º Livro dos MACABEUS;
2º Livro dos MACABEUS;
O Livro de TOBIAS;
O Livro de JUDITE;
O Livro da SABEDORIA;
O Livro ECLESIÁSTICO;
O Livro de BARUC.

Portanto, faltam sete livros inteiros.

Mais ainda: além disso, estão ali incompletos DOIS OUTROS LIVROS: o de ESTER, que deve ter 16 capítulos, e não somente 10; e o de DANIEL, que deve ter 14 capítulos e não só 12! CEM versículos no cap. III, e não apenas TRINTA (1).

Sobre a tradução das Bíblias protestantes, observe-se ainda o seguinte:

João Ferreira de Almeida, que é tradutor da Bíblia, e cujas traduções são muitíssimo divulgadas pelos protestante, jamais foi padre católico! Foi ministro cavinista. O título de “Padre” que ainda hoje vem impresso no frontispício de suas Bíblias, é malevolamente conservado pelos protestantes como maneira mais fácil de divulgar os erros, que essa tradução infiltra nos espíritos desprevenidos. Antigamente os ministros protestante alemães, holandeses e dinamarqueses, intitulavam-se “Reverendos padres”; eis a razão porque os protestantes conservaram a tradição desse costume na Bíblia de Almeida, embora não tenham conservado a fidelidade da primeira tradução, que trazia TODOS os LIVROS (protocanônicos) acima citados, que hoje nossos modernos hereges rasgaram, porque “deixaram” de ser verdadeiros, isto é, vão contra os erros que ele propagam: ensinam a existência do Purgatório, o Sacrifício pelos mortos, etc.

Não se deve confundir as traduções protestantes com a de Antônio Pereira de Figueiredo. Este é Padre. Sua tradução primitiva foi boa, mas suas anotações (que os protestantes tiraram) eram, em grande parte, eivadas de influências realistas, etc., e foi necessário serem condenadas pela Igreja que, aos 26-1-1795, pô-las no “Index”. É bom notar que Figueiredo também não rejeitou os SETE LIVROS que hoje as Bíblias protestantes que lhe traduzem o nome recusam.


BISPOS

1.  FORAM POSTOS PELO ESPÍRITO SANTO PARA REGER A IGREJA

ATOS, XX, 28: ― “Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu Bispos, para reger a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o seu próprio sangue”.


2.  SÃO DISTINTOS DOS SIMPLES FIÉIS E SUCEDEM AOS APÓSTOLOS

ATOS, I, 20-26: ― Tendo apostatado Judas, que era Apóstolo, S. Pedro propõe a escolha de um sucessor, que receba o episcopado dele ― ( et episcopatum ejus accipiat alter), e seja testemunha da ressurreição de Cristo. E “Matias foi incorporado aos onze Apóstolos” - diz o v. 26.

3.  POR ISTO DEVEM TER QUALIDADES EXCEPCIONAIS, QUE NÃO SE EXIGEM DE TODOS

TITO, 1,7: ― “Porque, na qualidade de administrador da casa de Deus, o Bispo deve ser irrepreensível”.

1ª TIM. III, I e segs.: ― “Digna de fé e esta palavra: Quem deseja o episcopado, deseja um cargo sublime. Por isto, é necessário que o Bispo seja irrepreensível... etc., etc.”.

4.  JESUS CRISTO É CHAMADO “BISPO DE NOSSAS ALMAS”, PELO QUE OS BISPOS SÃO SEUS SUCESSORES

1ª. PEDRO, II, 25: ― “Éreis como ovelhas desgarradas. Mas agora retornastes ao Pastor e Bispo de vossas almas”.

Ver também CHEFES DA IGREJA.


CELIBATO CATÓLICO
  
1. ― S. PAULO ACONSELHA O CELIBATO

1ª COR. VII, 1-8: ― “Penso ser bom que o homem não toque mulher. Mas pelos perigos da incontinência, cada um tenha a sua esposa... Digo isto por concessão, não como ordem. Pois que todos fossem como eu... Digo às pessoas solteiras e viúvas, que lhes é bom se permanecerem assim como eu”.

IDEM, 25: ― “A respeito das pessoas virgens, não tenho mandamento do Senhor. Julgo, pois, que, em razão das dificuldades presentes, é bom ao homem ficar assim como eu”.

IDEM, 32-35: ― “Quero que fiques sem cuidados. O solteiro cuida das coisas do Senhor, de como agradar a Deus. Mas o casado cuida das coisas do mundo, de como agradar à sua esposa e está dividido. A mulher solteira e a virgem, cuidam das coisas do Senhor, para serem santas no corpo e no espírito”.

NOTA: ― Eis ai porque os sacerdotes católicos, até neste ponto de vista de meios naturais, estão acima de qualquer ministro protestante. São castos, celibatários, “para serem santos no corpo e no espírito”, e para serem inteiramente de Deus, e não “estarem divididos” entre o mundo, mulher e filhos de um lado, e Deus do outro.

1ª COR. VII, 38: ― “De modo que, quem casa sua virgem faz bem; o que não a casa, faz melhor”.

2. ― CONSELHO ESPECIAL AOS SACERDOTES

LEV. XXI, 8: ― “Portanto santificai-vos e sede santos, porque eu, o Senhor que vos santifico, sou santo”.

MARC. X. 29: ― “Todo aquele que deixar, por causa de meu nome, ou casa, ou irmão, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, receberá cem por um e a vida eterna”.

IDEM, 28: ― “E Pedro, tomando a palavra, disse: Eis que nós abandonamos tudo e te seguimos”.

NOTA-SE que, se os Apóstolos “abandonaram tudo”, é porque deixaram também a família. Foram castos.

3. ― POSSIBILIDADE DO CELIBATO PELA GRAÇA DE DEUS

MAT. XIX, 12: ― “Há eunucos que o são desde o ventre de suas mães; e há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens; e há eunucos que a si mesmos fizeram eunucos por amor do reino de Deus. Quem puder compreender, compreenda”.

MAT. XIX, 24-26: ― “É  mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha que entrar um rico no reino do céu. Ora, os discípulos admirava-se, ouvindo estas palavras, e disseram: Quem poderá, então salvar-se? Jesus porém, fitando-os, disse: Aos homens, isso é impossível”.

Estas mesmas palavras se podem aplicar à guarda da castidade, contida aliás no que Jesus pediu ao jovem, quando lhe disse: “Vem, e segue-me”.

Noutros termos, Jesus diz que, com os auxílios da graça, tudo é possível, pois esta faz no homem desapegar-se de tudo o que é de mais apetecível, para sacrificar-se por Deus.

ROM. VIII, 11-13: ― “Mas se o espírito daquele que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos habita em vós... ele também dará vida aos vossos corpos mortais pelo seu espírito que habita em vós. Portanto, irmãos, não somos devedores à carne, para que vivamos segundo a carne. Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas se pelo espírito mortificardes as obras da carne vivereis”.

Iª. COR. X,13: ― “Não vos sobreveio tentação alguma que não seja humana; mas Deus é fiel; não permitirá que sejais tentados acima das vossas forças; antes dará um meio de tirardes proveito da tentação, para poderdes suportar”.

IIª. COR. XII, 7-9: ― “E, para que a grandeza das revelações não me ensoberbeça, foi-me dado um estímulo da carne, um anjo de Satanás, para me esbofetear pelo que três vezes roguei ao Senhor que se apartasse de mim. Mas Ele me disse: Basta-te a minha graça, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. Portanto, de boa vontade me gloriarei nas minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo”.

4.  O VOTO, QUE SE FAZ, OBRIGA SOB PECADO

DEUTER. XXIII, 21; ― “Quando fizerdes algum voto ao Senhor vosso Deus, não deixeis de cumpri-lo, porque o Senhor vosso Deus vos pedirá conta dele, e em vos haverá pecado”.

Iª TIM. V, 11 E 12: ― “Rejeita as viúvas novas (ao pedido de voto) pois que, quando o atrativo dos prazeres as desgostar do serviço de Cristo, querem casar-se, tendo a sua condenação, porque violaram a primeira fé (isto é, violaram o voto)”.

O mesmo se pode dizer com respeito ao sacerdote que deixa a batina para casar-se.


CHEFES DA IGREJA

1. ― TODOS DEVEM DAR-LHES OUVIDOS E OBEDECER-LHES AS ORDENS

MAT. XVIII, 17-18: ― “Se, porém, não ouvir a Igreja, seja tido como pagão e publicano. Em verdade, vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra, será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra, será desligado no céu”.

MAT. XXVIII, 19-20: ― “Foi-me dado todo o poder no céu, e na terra (eu vo-lo transmito): Ide, e ensinai a todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e instruindo-os a observar tudo o que vos hei ensinado. E eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”.

NOTA: ― Dada a alta importância deste texto, probativo da perenidade da Igreja e da assistência eterna de Cristo, para  que ela não venha a errar, formemos o  seguinte raciocínio: Jesus é Deus. Não pode, pois errar nem fazer-nos errar, senão deixaria de ser Deus. Ora, Jesus prometeu ESTAR com a Igreja, isto é, com a Igreja que Ele fundou, até o fim dos séculos. Logo, não errou a sua Igreja, e portanto sua assistência divina continua ainda a ser garantia de perenidade da verdadeira Igreja de Pedro.

Suponhamos que sua palavra tenha falhado, e que esta Igreja tenha errado, como o afirmam os protestantes. Então Jesus já não seria mais Deus, e toda a Igreja que se apresentasse com o nome de “Igreja de Cristo” seria tão mentirosa quanto a primeira.

LUC. X, 16: ― “Quem vos ouve, a mim me ouve; quem vos despreza, a mim me despreza; e quem me despreza, despreza Aquele que me enviou”.

MAT. X, 40: ― “Quem vos recebe, a mim me recebe; e quem vos recebe, recebe Aquele que me enviou”.

NOTE-SE que os protestantes, desprezando a autoridade da Igreja fundada por Jesus Cristo, desprezam o próprio Cristo, e portanto, o Pai que o enviou ao mundo. Não estão, portanto, com a verdade.

2. ― O ESPIRITO SANTO ESTÁ COM ELES

JOÃO, XIV, 16: ― “E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará um outro Paráclito, (consolador), que ficará eternamente convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber...”

JOÃO, XVI, 13: ― “Quando, porém, vier aquele Espírito de verdade, Ele vos ensinará toda a verdade”.

Este texto, mais uma vez, vem ensinar que toda a verdade que a Igreja ensinaria aos seus filhos, ser-lhe-ia ministrada mediante iluminação do Espírito da Verdade, que deveria assistir aos legítimos Chefes da Igreja.


Retirado de: http://www.permanencia.org.br/drupal/node/871
Em : 03/01/2013
Autor :Pe. Antônio Miranda, S. D. N. - Manhumirim, 1960