COMUNHÃO
(Vide Eucaristia e
Missa)
Os protestantes, no
afã de insinuar dúvidas, dizem que o padre comunga “o vinho e a hóstia, mas não
dá o vinho aos católicos”. Objeção tola. Na Bíblia está a resposta:
LUC. XXIV, 30-31: ―
E aconteceu que, sentando à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e
lho serviu; então se lhes abriram os
olhos e o reconheceram”.
ATOS, II, 12:
― “Eles perseveraram na doutrina dos Apóstolos, na comunhão da fração do
pão e nas orações”.
ATOS, XX, 7: ― “No
primeiro dia da
semana, estando nós reunidos, para partir o pão, Paulo disputava com ele, e foi
alongado o discurso até a meia noite...”
Iª COR. X, 16-17: ―
E o pão que partimos, não é, acaso, a comunhão do corpo do Senhor ? Porque nós,
que somos muitos, somos um pão somente, e um só corpo, pois que nós todos
comungamos de um mesmo pão”.
Vale a pena ler
todo o Cap. X, onde aparece, com toda a evidência, o mistério da Presença Real
de Cristo debaixo das espécies do pão e do vinho. O Apóstolo como que desafia
os protestantes de hoje a retrucarem se “o pão que partimos acaso não é o corpo
do Senhor?”.
CONCÍLIOS DA IGREJA
(Vide CHEFES)
1. ― OS CONCÍLIOS
OU ASSEMBLÉIAS DE BISPOS EM NOME DE CRISTO, SÃO ASSISTIDOS PELO ESPÍRITO SANTO
MAT. XVIII, 20: ―
“Onde quer que dois ou três se reunam em meu nome, ali estou no meio deles”.
ATOS, XV, 28: ―
“Porque pareceu bem o Espírito Santo e a nós não vos impor maior jugo
além do seguinte necessário”.
2. ― SEUS PRECEITOS
DEVEM SER OBSERVADOS PELOS FIÉIS
ATOS, XV, 41: ― “E
(Paulo) andava pela Síria e pela Cilicia, confirmando as Igrejas, ordenando que
guardassem os preceitos dos Apóstolos e dos Presbíteros” (dados no Concílio de
Jerusalém).
ATOS, XVI, 4: ― “E
quando andavam pelas cidades, ensinavam-lhes que observassem as decisões que
haviam sido tomadas pelos Apóstolos e Presbíteros em Jerusalém (no Concílio)”.
ATOS, XVI, 4: ― “E
quando andavam pelas cidades, ensinavam-lhes que observassem as decisões que
haviam sido tomadas pelos Apóstolos e Presbíteros em Jerusalém (no Concílio)”.
CONFIRMAÇÃO OU
CRISMA
ATOS, VIII, 15-17:
― “Os quais (Pedro e João), tendo chegado, fizeram oração por eles, afim de
receberem o Espírito Santo, porque Ele ainda não tinha descido sobre eles, mas
somente tinham sido batizados em nome do Senhor Jesus”.
ATOS, XIX, 6 ― “E
tendo-lhes Paulo imposto as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo, e falaram
diversas línguas e profetizaram”.
NOTA: ― Comumente,
na primitiva Igreja, logo após a recepção da Crisma, o Espirito Santo se
manifestava-se pelo dom das línguas, pela profecia, dom de milagres, etc. para
maior edificação das almas. Isto revela no texto acima.
IIª COR. I, 21-22:
― “Ora, o que nos confirma em Cristo convosco, e que nos ungiu é Deus, o qual
também nos imprimiu seu selo (caráter sacramental) e deu em nosso corações o
penhor do Espírito”.
NOTA: ― Este texto
revela, como muitos outros, haver um sacramento que se segue ao Batismo, e que
se faz com a unção do óleo: é a Confirmação ou Crisma, que a Igreja nos
ministra.
HERB. VI, 1-2: ― “
Pelo que, deixando de discorrer acerca dos primeiros rudimentos acerca de
Cristo, elevemo-nos a coisas mais perfeitas, sem lançar de novo os fundamentos
da conversão das obras mortas (do pecado) e da fé em Deus, da doutrina sobre os
Batismos e da imposição das mãos (Crisma)”.
EFES. I, 13-14: ―
“...Tenho crido nele, fostes marcados com o selo do Espírito Santo, que tinha
sido prometido, o qual é o penhor da nossa herança, para a redenção do povo
conquistado”.
Iª JOÃO, II, 20: ―
“Porém, vós recebestes a unção do Espírito Santo, e sabeis todas as coisas
(necessárias)”.
IEM, 27: ― “E
permaneça em vós a Unção que recebestes dele”.
ECL. III, 4: ― “O
que ama a Deus implorará o perdão de seus pecados e se absterá de tornar a cair
neles”.
ECL. IV, 31: ― “Não
te envergonhes de confessar os teus pecados, mas não te submetas a ninguém para
pecar”.
IIª ESD. IX, 1 E 2:
― “E no dia 24
deste mês se ajuntaram os filhos de Israel em jejum e vestidos de sacos e
cobertos de terra. E os da linhagem dos filhos de Israel foram separados de
todos os filhos estrangeiros; e confessaram os seus pecados e as iniqüidades de
seus pais”.
PROV. XXVIII, 13: ―
“Aquele que esconde as suas maldades não será bem sucedido; aquele, porém, que
as confessar e se retirar
delas alcançará misericórdia”.
2. ― NA
TRANSIÇÃO DO ANTIGO TESTAMENTO PARA O N.T., JOÃO BATISTA EXIGIA A
CONFISSÃO DOS PECADOS
MAT. III, 6: ―
“Então vinham a ele a circunvizinhança do Jardão, e eram por ele batizados no
rio Jordão, confessando os seus pecados”.
NOTE-SE que estes
textos não falam ainda da confissão sacramental, que foi instituída por Cristo
para sua Igreja. Falam da confissão penitencial, que não era sacramental, mas
fazia as vezes de sacramento.
3. ― NA PRIMITIVA
IGREJA, USAVA-SE A CONFISSÃO
ATOS, XIX, 18: ― “E
muitos dos que tinham crido iam confessar e manifestar suas obras”.
S. TIAGO, V, 16: ―
“Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros
para serdes salvos; porque a oração fervorosa do justo pode muito”.
Iª S. JOÃO, I, 9: -
“Se nós confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar estes
nossos pecados e para nos purificar de toda iniqüidade”.
Estes textos falam
da verdadeira confissão
sacramental instituída por Cristo, conforme a melhor interpretação. (1)
Pouco importa que não falem de confissão auricular feita só ao padre. Nos começos
do cristianismo usava-se a confissão pública
4. ― A CONFISSÃO
DEFLUI DO PODER DE PERDOAR PECADOS QUE CRISTO CONFERIU A SUA
IGREJA
MAT. XVIII, 18: ―
“Tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu; e tudo o que desligardes
sobre a terra será desligado no céu”.
Para um juiz dar
uma sentença ligando ou desligando alguém relativamente a uma pena ― é
óbvio que lhe deve ser declarada a culpa do réu. É esta a razão porque o
penitente tem necessidade de declarar seu pecado ao confessor, afim de este
perdoar ou não, perdoar ou reter.
JOÃO, XX, 22-23: -
“Tendo dito estas palavras, soprou sobre eles (os Apóstolos) e disse: Recebei o
Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; e
aqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos”.
EUCARISTIA
(Ver Comunhão e
Missa)
I. ― JESUS
PROMETEU DAR-SE EM ALIMENTO
JOÃO, VI, 1 e segs.
O grande milagre que aqui se conta é símbolo da Eucaristia, que Jesus iria dar
pela salvação do mundo. Ler toda a primeira parte
deste capítulo.
JOÃO, VI, 27: ―
“Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que dura até a vida eterna, A
qual o Filho do Homem vos dará”.
NOTA: ― Este texto
resolve a controvérsia sobre se o alimento que Jesus promete dar mais tarde é
sua palavra (pão metafórico), ou se é de fato seu corpo (Eucaristia).
Veja-se o verbo
final do texto: comida que o Filho do Homem vos dará. Se Ele quisesse
significar o pão de sua palavra, tomada como alimento espiritual, não teria
dito - vos dará, mas - vos dá, pois que presentemente já Ele estava dando este
alimento. Trata-se, evidentemente, daquele alimento que Ele dará na última Ceia
- a Eucaristia.
2. ― JESUS
INSTITUIU A EUCARISTIA
MAT. XXVI, 26: ― “E
Quando ceavam, Jesus tomou o pão, e o benzeu, e o partiu e deu-o aos seus
discípulos, dizendo: TOMAI E COMEI; ESTE É O MEU CORPO”
IDEM, 27: ― “E
tomando o cálice deu graças, e deu-lho, dizendo: Bebei dele todos, porque É O
MEU SANGUE DO NOVO TESTAMENTO, O QUAL SERÁ DERRAMADO POR MUITOS PARA A REMISSÃO
DOS PECADOS”.
(Vide idem em Marc.
XIV, 22-24; Luc. XXII, 19-20)
Iª COR, XI, 23-25:
- “Porque eu recebi do Senhor, o que também vos ensinei a vós, que o Senhor
Jesus, na noite em que foi entregue, tomou o pão, e dando graças o partiu e
disse: “RECEBEI E COMEI ISTO É O MEU CORPO QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS: Fazei
isto em memória de mim... etc.”.
NOTA-SE a
identidade real que é afirmada por Cristo entre “este pão” e “este corpo”
que será entregue à morte.
Por isto é que
dizem os teólogos que se dá na Eucaristia uma Transubstanciação (mudança) do
pão no corpo de Cristo. (1)
3. ― EFEITOS DA
CAMUNHÃO
JOÃO, VI, 50-52: ―
“Este e o pão que desceu do céu, para que aquele que dele comer não morra . Eu
sou o pão vivo que desci do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente;
o pão que eu darei é a minha carne (que será sacrificada) para a salvação do
mundo”.
JOÃO, VI, 54-59: ―
“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o
ressuscitarei no último dia...
Quem como a minha
carne e bebe o meu sangue fica em mim e eu nele. Do mesmo modo que o Pai me
enviou, e como eu vivo pelo Pai, assim também viverá por mim quem me recebe em
alimento”.
EXTREMA-UNÇÃO
TIAGO, V, 14-15: ―
“Está entre vós alguém enfermo? Chame os presbíteros (sacerdotes) da Igreja, e
eles façam oração sobre o enfermo, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor; e a
oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o aliviará. E caso
esteja em pecados, ser-lhe-ão perdoados”.
S. Tiago não prescreveria
isto, se Jesus não o houvera instituído. É, pois, de concluir-se que a
Extrema-Unção é de instituição divina. (1)
Há dela um
vislumbre na vida pública de Cristo, quando Marcos descreve a atividade dos
Apóstolos:
MARCOS, VI, 12-13:
― “E tendo partido (os doze) pregavam aos povos que fizessem penitência. E
expeliam muitos demônios, e ungiam com óleo muitos enfermos e os curavam”.
FÉ E OBRAS
1. ― A VERDADEIRA FÉ É NECESSÁRIA PARA A SALVAÇÃO
MARC. XVI, 16: ―
“Quem crer e for batizado, será salvo; mas quem não crer será condenado”.
JOÃO, II, 18: ―
“Quem nele crê não é condenado, mas o que não crê já está condenado, porque não
crê no nome do Filho Unigênito de Deus”.
IDEM XI, 26: ―
“Todo o que vive e crê em mim não morrerá eternamente”.
ROM. X, II: ― “Todo
o que crê nEle não será confundido”.
HEBR, XI, 6-7: ―
“Ora, sem fé é impossível agradar a Deus. Porquanto, é necessário que, quem se
aproxima de Deus creia que Ele existe e que é remunerador dos que o buscam.
Pela fé foi que
Noé, avisado por Deus, das coisas que ainda não se viam... tornou-se herdeiro
da justiça que se obtém pela fé”.
2. ― A FÉ SEM OBRAS
É MORTA
TIAGO, II, 14-17: ―
“Que aproveitará , irmãos meus, se alguém diz que tem fé, e não tem obras ?
Porventura poderá salvá-lo tal fé ? Assim também, a fé, se não tiver obras, é
morta em si mesma”.
IDEM II, 26: ― “Bem
como um corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta”.
GAL. V, 6: ― “Em
Jesus Cristo, nem a circuncisão vale coisa, nem a incircuncisão, mas sim a fé
que opera pela caridade”.
3. - AS BOAS OBRAS
SÃO MERITÓRIAS
GÊN. IV, 7: ―
Porventura, se tu fizeres boas obras, não receberás galardão, e se fizeres
obras más, não estará o pecado logo à porta?”
IDEM, XXII, 16-17:
― “Por mim mesmo jurei, diz o Senhor, porque fizeste tal coisa, e não poupaste
teu filho único por amor de mim, eu te abençoarei e multiplicarei a tua
descendência como as estrelas do céu...”
SALMO XVII, 21: ―
“E o Senhor retribuirá segunda
a sua justiça e me recompensará segundo a pureza (das obras) de minhas mãos”.
MAT. V, 11-12: ―
“Bem-aventurados sereis, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo,
disseram todo mal contra vós, por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque
será grande a vossa recompensa nos céus”.
MAT. X, 42: ― “E
todo o que der a beber um só copo d´agua a um destes pequeninos, porque meu
discípulo, na verdade, vos digo que não perderá a sua recompensa”.
MAT. XVI, 27: ―
“Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai com seus Anjos, e então
retribuirá a
cada um segundo suas obras”.
ROM. II, 6: ―
“(Deus) retribuirá a
cada um segundo as suas obras”.
EFES. VI, 8: ―
“Cada um receberá do Senhor a paga do bem que tiver feito, ou seja escravo, ou
livre”.
IIª TIM, VI, 17-19:
― “Manda aos ricos deste mundo... que façam o bem, que se façam ricos em boas
obras... como um fundamento sólido para o futuro, afim de alcançarem a verdadeira vida”.
4. - A FÉ NÃO IMPLICA
CERTEZA ABSOLUTA DO ESTADO DE GRAÇA, NEM A SALVAÇÃO
ROM. XI, 22: ―
“Considera, pois, a bondade e severidade de Deus: a severidade para com aqueles
que ciaram; a bondade de Deus para contigo, se permaneceres no bem. Doutra maneira, Tu também serás cortado.
Iª COR, IX, 27: ―
“Castigo o meu corpo e o reduzo à servidão, para não suceder que, depois de
haver pregado aos outros, venha eu mesmo a ser condenado”.
NOTA: ― Eis aí a
condenação da fé fiducial protestante que os leva à temeridade de arvorar-se em
salvos, eximindo-se das obras de penitência, contrariamente a todo ensino
evangélico.
Iª COR. X, 12: ―
“Aquele, pois, que crê estar de pé, veja que não caia”.
IªIL. 11,12: ―
“Portanto, meus caríssimos, trabalhai na salvação com temor e tremor.
13 ― porque Deus é
quem opera em vos o querer e o executar segundo o seu beneplácito”.
APOC. III, 11: ―
“Eis que venho brevemente; guardar o (tesouro da fé) que tens, para que ninguém
roube a tua coroa”.
ROM. II, 13: ― “Diante de Deus não são justificados os que
simplesmente ouvem a lei, mas os que a praticam...”
NOTA: ― É, pois,
demasiada presunção querer o homem apoiar sua salvação numa confiança
presunçosa que não é fé, mas abuso da misericórdia divina.
O demônio também crê, mas treme”.
Retirado
de: http://www.permanencia.org.br/drupal/node/871
Em : 03/01/2013
Autor :Pe. Antônio Miranda, S. D. N.
- Manhumirim, 1960