29.4.12

AS QUATRO NOITES DA SALVAÇÃO - 1ª NOITE

Criador: Arcebispo - Bruno Forte - Presidente da comissão episcopal para a doutrina da fé

A NOITE DA CRIAÇÃO OU DO AMOR HUMILDE - PRIMEIRA NOITE

Na realidade, no livro dos memoriais estão escritas quatro noites. A primeira noite foi quando o Senhor se manifestou no mundo para criá-lo: o mundo era deserto e vazio, e a treva estendia-se sobre a superfície do abismo, mas o Verbo do Senhor era a luz e iluminava.
E Ele chamou-lhe: a noite primeira (qiddush da primeira taça).

A primeira noite da salvação é a que precede a primeira manhã do mundo:
“ No princípio, quando Deus criou os céus e a terra, a terra era informe e vazia, as trevas cobriam o abismo e o espírito de Deus movia-se sobre a superfície das águas. Deus disse: “ Faça-se a luz.” E a luz foi feita.

Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas. Deus chamou dia à luz, e às trevas, noite. Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o primeiro dia” (Gn 1,1-5).

Esta primeira noite é o pressuposto essencial de todas as outras, porque se a obra da criação não tivesse existido, nem sequer estaríamos a celebrar a Páscoa.

No entanto, é a partir da experiência da salvação que a fé do povo eleito também escruta o mistério do início [do Universo]: o relato bíblico da criação é uma espécie de “profecia retrospectiva”, uma pré-história da Aliança que, segundo o desígnio de Deus, deverá vir.
Portanto, o Salvador é o Criador: Aquele que salva com as suas maravilhas é aquele que cria com o poder do seu amor irradiante.
E, como a razão da salvação operada por Ele na história é o amor, assim também o motivo do primeiro princípio por ele querido não pôde ser senão o amor: o amor humilde do Deus altíssimo.

Esta convicção está na base da doutrina do “tzimtzum” ou “contracção” divina, muito querida da mística hebraica: Isaac Luria, o cabalista que, na segunda metade do séc. XVI, pôs no centro do seu ensinamento a imagem da “contracção” divina, na pequena cidade de Safed, na Alta Galileia, concebeu o ato criador como um generoso fazer espaço em si mesmo da parte de Deus para a criatura que, de outro modo, não teria podido existir.

Onde poderia morar o universo, senão no seio de Deus que se contraiu para hospedar o mundo de modo análogo a uma mãe que acolhe uma nova vida no seu seio?

“Tzimtzum” é o ato em que o Imenso se contrai, se faz pequeno para permitir que a criatura exista diante do Outro na liberdade; por isso, o “tzimtzum” do Eterno é o outro nome do seu amor aos homens, expressão daquela misericórdia que em hebraico, significativamente, equivale à idéia de vísceras maternas” (rachamim) e que também é respeito e humildade do Criador diante da criatura.

A invocação de São Francisco “Tu és a Humildade” (Louvores ao Deus Altíssimo) é um exemplo de como esta mensagem passa do Judaísmo para o mais profundo da alma cristã, pela qual a confirmação suprema da autolimitação de Deus para dar espaço à fragilidade e à pequenez das medidas humanas está precisamente na quenose do Verbo:
“Tu és Santo, Senhor Deus único, que fazes coisas estupendas. Tu és forte. Tu és grande. Tu és o Altíssimo. Tu és o Rei onipotente. Tu és o Pai Santo, Rei do céu e da terra. Tu és trino e uno, Senhor Deus dos deuses. Tu és o bem, todo o bem, o sumo bem, senhor Deus vivo e verdadeiro. Tu és amor, caridade. Tu és sabedoria. Tu és humildade.” (Lodi di Dio Altissimo, in Fonti Franciscane, Pádua-Assis, 1980, n.261).

Este “êxtase” do divino, este “estar fora” do Infinito no finito por força do amor humilde é, ao mesmo tempo, o apelo mais alto que se pode conceber no êxtase do mundo, isto é, aquela “transgressão” em direção ao Mistério, que é a vocação de tudo o que existe: a amor das criaturas é chamado a corresponder à iniciativa divina do amor; e, assim como o primeiro Amor é humilde, assim também este segundo amor deve ser humildade.

Uma vez mais, é a tradição hebraica que no-lo explica como um saboroso conto rabínico.
As lendas dos Hebreus falam sobre a humildade da letra “aleph”, a mais etérea e volátil de todas as letras do alfabeto hebraico, tão modesta que nem sequer tem um som próprio, mas, de quando em quando, nela se apoiam as vogais que precisam dela.

Portanto, quando o Eterno quis criar o mundo, chamou perante si o alfabeto, para perguntar qual das suas letras quereria ser a primeira dos escritos divinos da criação. Como acontece facilmente entre os humanos, também as letras competiram para levantar a mão, pretendendo cada uma delas ser a primeira e, com isso, ser digna de inaugurar o mundo.

O “aleph” foi a única que se absteve, não ousando sequer levantar a mão; por isso, foi escolhido o “beth”, de tal modo que a primeira palavra da Escritura é “bereshit”, “ in principio” [no principio], e a primeira letra é o “beth”, com que começa toda a bênção do Santo (“berakah”).

Agora, esta letra – que corresponde ao nosso “b” – escreve-se à maneira de um quadrado aberto para o lado esquerdo, isto é, na direção em que um hebreu prossegue a escrita: ela parece como que incompleta, uma evocação eterna do cumprimento, um desejo, uma evocação eterna do cumprimento, um desejo, uma sede.
Precisamente por isso, segundo os Rabinos, o “beth” da primeira palavra da Escritura demonstra que a obra da criação não é conclusão, mas início; não é cumprimento, mas busca e espera.

A lenda continua, narrando como o Eterno, admirado com a humildade do “aleph”, quis recompensá-lo.
E foi assim que, na hora de se revelar a si mesmo e de dar ao mundo as Dez Palavras, o Decálogo da sua busca de amor pelos homens, foi ao “aleph” que coube o primeiro lugar: “ Eu sou o Senhor teu Deus” – a palavra do eterno fundamento invisível que vem assomar ao tempo e estabelecer a aliança entre o Deus vivo e o seu povo – de fato começa com “eu”, em hebraico “anochí” , cuja inicial é precisamente o “aleph”(cf.I.Ginzberg, Le leggende degli Ebrei – I: Dalla creazione al diluvio, direção de E. Loewenthal, Milão, Adelphi, 1995,pp.27s).

Portanto, a história do homem e do mundo começa com o” aleph” e, por isso, está sempre aberta em direção ao desenvolvimento e aprofundamento: a verdade de Deus, porém, é – nos oferecida plenamente só a partir daquele “aleph”,com que começa a palavra da sua soberana autocomunicação. Então, querendo reconhecer no “beth” a metáfora da noite do mundo é na humildade do “aleph” que se deixa entrever a condição necessária para que a criatura acolha a luz da aurora.

À humildade do Deus criador deve corresponder o silêncio humilde do homem, a escuta hospitaleira aberta a receber o dom que vem do alto e que faz da escuridão do nosso coração o espaço da luz.

É a humildade que ilumina a noite e a torna início de luz: verdadeiramente, “ não é o conhecimento que ilumina o mistério, é o mistério que ilumina o conhecimento” (Pavel Evdokimov).

Todo o conhecimento que liberta e salva, neste mundo, começa no abismo do coração humano que procura, mas só se cumpre verdadeiramente quando se deixa atingir humildemente pela luz do seu Deus.
Portanto, a noite primigénia revela a dupla humildade: a humildade de Deus criador que não hesita em autolimitar-se para dar espaço à criatura, tornando-a livre perante si; e humildade da criatura que é a única resposta menos inadequada ao amor infinito.

Ora, humildade não é só não ter pretensões, como o “aleph”, mas é tornar-se espaço aberto, acolhimento do outro, sustento do pobre, noite sequiosa de aurora que se torna invocação e expectativa/espera fidelíssima.

Então, a taça da primeira noite deixa-nos a grande interrogação:

sou humilde?
Ponho-me em silêncio diante do grande mistério do mundo?
Aceito estar e perseverar na doce escuta da Palavra da vida que vem das nascentes eternas? Reconheço-me nada para deixar-me amar como sou pelo Humilde que, por amor quis criar-me?
Esforço-me por ser livre em relação a mim mesmo, livre em relação às coisas e aos outros, para pertencer unicamente a Deus e para deixar-me conduzir por Ele ao longo dos caminhos da aliança para com Ele edificar o mundo e a vida segundo o seu projeto de amor?

Escutemos o convite à humildade que nos vem de Inácio de Loyola, o grande mestre dos exercícios espirituais vividos como via para pôr ordem na nossa vida sob o olhar de Deus: ao mostrar-nos três graus de humildade, faz-nos compreender que a humildade é uma escada em que devemos subir cada vez mais alto para, todos os dias, participar mais profundamente na obra da criação e da salvação:
1- O primeiro modo de humildade [...] consiste em obedecer em tudo à lei de Deus, nosso Senhor [...].
2- O segundo é não querer nem ambicionar ser rico, mas pobre; [não] ser honrado, mas desprezado; não desejar uma vida longa, mas breve [...].
3- A terceira é humildade perfeitíssima que só tenho quando, [...] para imitar e assemelhar-me mais concretamente a Cristo nosso Senhor, eu quiser e preferir a pobreza com Cristo à riqueza, os opróbios com Cristo, que está repleto deles, às honras, e desejar ser considerado estúpido e louco por Cristo que foi o primeiro a ser considerado assim, em vez de sábio e prudente neste mundo” (Exercícios Espirituais, nn.165-167).



Oremos para pedir o dom desta humildade – dom do Deus altíssimo – com as palavras do mesmo Santo Inácio de Loyola:
“Eterno Senhor de todas as coisas, faço a minha oferta com o vosso favor e ajuda, na presença da vossa bondade infinita e diante da vossa Mãe gloriosa e de todos os santos e santas da corte celeste, que eu quero e desejo e é minha firme decisão, para que seja para maior serviço vosso e maior louvor, imitar-vos em sofrer todas as ofensas e todo o vitupério e toda a pobreza, tanto material como espiritual, se a vossa Majestade quiser eleger-me e receber-me
nessa vida e estado. Amem! (Ibidem, n. 98)

28.4.12

RESUMO SOBRE O LIVRO DOS PROVÉRBIOS




Fonte: 


Retirado em : 28/04/2012


Capítulos: introdução(00)01020304050607080910111213141516171819202122232425262728293031Introdução da Bíblia.
É UMA COLEÇÃO DE MÁXIMAS MORAIS E RELIGIOSAS, possuidoras de instrução acerca da maneira correta de viver. Também contêm discursos breves sobre sabedoria, justiça, temperança, trabalho, pureza, etc.
Nestes ditos concretos e expressivos descreve-se um grande contraste entre a sabedoria e a insensatez, e entre a justiça e o pecado.
AUTORES. Acredita-se geralmente que Salomão escreveu um grande número dos provérbios, ainda que talvez estes possam não ter sido originalmente seus. Os capítulos 30 e 31 trazem palavras de Agur e de Lemuel.
PROPÓSITO PRINCIPAL. Dar instrução moral, especialmente aos jovens.
TEXTO CHAVE. 1:4.
PENsamENTO CHAVE. O temor do Senhor, mencionado cerca de quatorze vezes.
SINOPSE.
(1) Conselhos paternais e advertências, com exortações acerca da obtenção de sabedoria, caps. 1-7.
(2) Chamado da sabedoria caps., 8-9.
(3) Os provérbios de Salomão-contrastes entre o bem e o mal sabedoria e a insensatez, caps. 10-20.
(4) Máximas proverbiais e conselhos, caps., 21-24.
(5) Os provérbios de Salomão, copiados por homens do rei Ezequias, caps., 25-29.
(6) As palavras de Agur, o profeta, cap. 30.
(7) As palavras do rei Lemuel, o conselho de uma Mãe, 31:1-19. A descrição de uma esposa ideal, 31:10-31.
PORÇÕES SELETAS.
Sabedoria, seu chamado, 1 :20-23; cap. 8; sua fonte, 2-6; sus preciosidade, 3:13-26; a coisa principal, 4:5-13; o tesouro mais valioso, 8;11-36; sua festa, 9:1-6.
TEMAS TRATADOS
A ira, 14:17, 29; 15:18; 16:32; 19:11.
A generosidade, 3:9-10; 11:24-26; 14:21; 19:17; 22:9.
A correção dos filhos, 13:24; 19:18;22:6; 15; 23:13-14.
Os tentadores, 4:14; 9:13; 16:29.
O temor de Deus, 1:7; 3:7; 9:10; 10:27; 14:26-27; 15:16; 33; 16:6; 19:23; 23:17; 24:21.
Insensatos, caluniadores, 10:18; de vida curta, 10:21; desordeiros, 10:23; fariseus, 12:15; irritáveis, 12:16; zombadores do pecado, 14:9; faladores de estultícia, 15:2; insensíveis, 17:10; perigosos, 17:12; ilusórios, 17:24; intrometidos, 20:3; desprezadores da sabedoria, 23:9; estúpidos, 27:22; auto-confiantes, 14:16; 28:26; incautos, 29;11.
Amizade, 17:17; 18:24; 19:4; 27:10; 17.
Conhecimento Divino, 15:11; 21:2; 24:12.
Diligente, 6:6-11; 10:4-5; 12:27; 13:4; 15:19; 18:9;19:15,24; 20:4; 13; 22:13; 24:30-34; 26:13-16.
Opressão, 14:31; 22:22; 28:16.
Orgulho, 6:17; 11:2; 13:10; 15:25; 16:18-19; 18:12;21:4,24; 29:23; 30:13.
Prudência, 12:23; 13:16; 14:8,15,18; 15:5; 16;21;18:6,19; 20:3; 22:10; 25:8; 30:33.
Zombadores, 3:34; 9:7; 14:6; 19:25; 24:9.
Contenda, 3:30; 10:12; 15:18; 16:28; 17:1,14,19;18:6,19; 20:3; 22:10; 25:8; 30:33.
Temperança, 20:1; 21:17; 23:1-3,20; 23:29-35; 25:16;31:4-7.
A língua, 4:24; 10:11-32; 12:6,18,22; 13:3; 14:3;15:1-7,23; 16:13,23,27; 17:4; 18:2,21; 19:1; 20:19; 21:23; 26:28; 30:32.
Ganho injusto, 10:2; 13:11; 21:6;; 28:8.
Riqueza, 10:2,15; 11:4,28; 13:7,11; 15:6; 18;8; 18:11;19:4; 27:24; 28:6,22.
Mulheres más, 2:16-19; 5:3-14,20,23; 6:24-35; 7:5-27;9:13-18.
Mulheres boas, 5:18-19; 31:10-31.
LIÇÃO ESPIRITUAL
Salomão foi um guia, mais que um exemplo. Mostrou o caminho da sabedoria, mas na última parte de sua vida, não caminhou por ele. Seu filho, Roboão, seguiu seu exemplo, em vez de seus conselhos, e se converteu num governante insensato e mau.

Caminho neocatecumenal

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Caminho_neocatecumenal
Retirado em 28/04/2012




caminho neocatecumenal (ou neocatecumenato) é um itinerário de formação cristã, iniciado na Espanha em 1964, por iniciativa do pintor Kiko Argüello e de Carmen Hernández, como resposta às novas diretrizes trazidas pelo Concílio Vaticano II, cujo objetivo consiste em abrir um caminho espiritual concreto de iniciação, renovação e valorização do sacramento batismal, que permita ao "catecúmeno" descobrir o significado concreto de sercristão Mais tarde se uniria a eles o sacerdote Mario Pezzi. A Igreja Católica reconhece o Caminho Neocatecumenal como "Um itinerário de formação católica válido para a sociedade e os dias de hoje" que busca a redescoberta do Batismo. Se encontra atualmente difundido em mais de 100 países, incluindo alguns que não são tradicionalmente cristãos como ChinaEgitoCoréia do Sul e Japão.



História do Caminho neocatecumenal

O Caminho foi iniciado pelo pintor Kiko Argüello, convertido do existencialismo ateu, e pela missionária Carmen Hernández, ambos espanhóis, na miserável favela de Palomeras Altas em Madri em 1964, sob a forma de formação iniciação catequética e evangelização para adultos afastados. A primeira comunidade era formada por habitantes de Palomeras Altas, na sua maioria ciganos, prostitutas e ex-presidiários que foram abandonando os seus hábitos para seguir os ensinamentos transmitidos por Kiko Argüello
Inicialmente o caminho neocatecumenal contou com o fundamental apoio do então arcebispo de Madri, Dom Casimiro Morcillo, primeiro prelado a apoiar esta experiência, notando que a pedagogia do caminho ia ao encontro dos novos ideais inseridos da Igreja pelo recém findado Concílio Vaticano II, no qual acabara de participar.
A originalidade do Caminho é ter encontrado uma síntese catequética no estilo dos evangelizadores dos primeiros séculos do cristianismo, válida tanto para os batizados, praticantes ou não, como aos não-cristãos: a centralidade do kerigma, do anúncio de Cristo morto e ressuscitado, e a vivência da fé em pequenas comunidades, cuja finalidade é o amadurecimento na fé e a integração plena de seus membros na paróquia.
O processo se inicia com uma catequização kerigmática, onde se constitui uma comunidade, e conclui, depois de vários anos e várias etapas, com a renovação solene das promessas batismais diante do bispo diocesano, a quem a comunidade se oferece para ajudar nas necessidades pastorais das paróquias.
Assim, primeiras comunidades nasceram em paróquias espanholas de Zamora, Madri., posteriormente no ano de 1967, eram dadas as primeiras catequeses iniciais na paróquia dos Santos Mártires Canadenses em Roma, hoje, porém, o Caminho encontra-se presentes em cerca de 5 mil paróquias dos cinco continentes.
Segundo explicam seus iniciadores, o Caminho responde concretamente a muitas das intuições pastorais do Concílio Vaticano II, como o redescobrimento da Vigília Pascal, a participação evangelizadora dos leigos ou a potenciação dos seminários diocesanos missionários, entre outras. Talvez a mais nova seja o envio de famílias em missão, a pedido dos bispos locais, para promover, junto com um sacerdote, a implantatio ecclesiae naqueles lugares nos quais não existe a Igreja Católica.
Desde seus início do Caminho, as atitudes dos diferentes papas, desde Paulo VI até Bento XVI, foram favoráveis para com o Caminho Neocatecumenal; especialmente João Paulo II, cujo no longo pontificado este Caminho teve seus primeiros reconhecimentos oficiais.
O primeiro foi em 1990, em forma de carta de reconhecimento ao Pontifício Conselho para os Leigos, no qual se definia como “(...)um itinerário de formação católica válida para nossa sociedade e para o homem atual(...)”.
Posteriormente, em 29 de junho de 2002, foram aprovados por decreto deste mesmo Conselho os estatutos do Caminho ad experimentum durante um período de cinco anos, que conclui com a presente aprovação definitiva.
Em 13 de junho de 2008, o cardeal Stanislaw Rylko, o atual presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, entregou aos Iniciadores do Caminho Neocatecumenal, o decreto de aprovação definitiva dos estatutos dessa realidade eclesial ad eternum.
Finalmente em 20 de janeiro de 2012, em um encontro com o Papa Bento XVI, o secretário do Conselho Pontifícios para os Leigos, D. Josef Clemens, leu o decreto de aprovação às celebrações (não “estritamente litúrgicas”, segundo Bento XVI) que acompanham o percurso catequético dos neocatecumenais. Decisão esta que surge após 15 anos de estudo por parte da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, somando-se às anteriores aprovações dos Estatutos (2008) e dos 13 volumes do “Diretório Catequético” do Caminho Neocatecumenal (2011).
Neste encontro estiveram presentes também seis cardeais, mais de 30 bispos, centenas de padres e estudantes dos seminários ‘Redemptoris Mater’ e 1200 equipes de catequistas itinerantes. Ver notícia Audiência do Papa aos Neocatecumenais: “sois um dom do Espírito Santo para o nosso tempo"

Etapas: O Itinerário Neocatecumenal

[editar]Do Pré-catecumenato ao Catecumenato

Do Pré-catecumenato ao Catecumenato A primeira fase do Neocatecumenato é o Pré-catecumenato Pós-batismal, que é um tempo de kénosis (cfr. Flp 2,7) para aprender a caminhar na humildade. Esta fase se divide em duas etapas: 1ª. Na primeira etapa, que vai desde as Catequeses Iniciais até o Primeiro Escrutínio de passagem ao Catecumenato Pós-batismal, e que dura aproximadamente dois anos, os neo-catecúmenos aprendem a linguagem bíblica, celebrando semanalmente a Palavra de Deus, com temas simples que percorrem toda a Escritura, como: água, rocha, cordeiro, etc. A Palavra de Deus, a Eucaristia e a Comunidade ajudam gradualmente os neocatecúmenos a esvaziar-se dos falsos conceitos de si e de Deus, e a descer à sua realidade de pecadores, necessitados de conversão, redescobrindo a gratuidade do amor de Cristo, que lhes perdoa e ama. Na celebração conclusiva do Primeiro Escrutínio de passagem ao Catecumenato Pós-batismal, após a inscrição do nome, os neocatecúmenos pedem à Igreja que os ajude a amadurecer na fé para realizar as obras de vida eterna (cfr. 1 Jo 3,14-15; Ef 2,10), e recebem o sinal da cruz gloriosa de Cristo, que ilumina a função salvífica que tem a cruz na vida de cada um.
2ª. Na segunda etapa, de análoga duração, os neocatecúmenos celebram as grandes etapas da história da salvação: Abraão, Êxodo, Deserto, Terra Prometida, etc., e lhes é dado um tempo para que provem a si mesmos a sinceridade de sua intenção de seguir a Jesus Cristo, à luz da sua Palavra: “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24). Na celebração conclusiva do Segundo Escrutínio de passagem ao Catecumenato Pós-batismal, renovam perante a Igreja a renúncia ao demônio e manifestam a vontade de servir só a Deus. A seguir, estudam e celebram as principais figuras bíblicas: Adão, Eva, Caim, Abel, Noé, etc., à luz de Cristo.

[editar]Do Catecumenato à Eleição

A segunda fase do Neocatecumenato é o Catecumenato Pós-batismal, que é um tempo (cfr RICA 20) de combate espiritual para adquirir a simplicidade interior do homem novo que ama a Deus como único Senhor, com todo o coração, com toda a mente, com todas as forças e ao próximo como a si mesmo. Sustentados pela Palavra de Deus, pela Eucaristia e pela Comunidade, os neocatecúmenos adestram-se na luta contra as tentações do demônio: a busca de seguranças, o escândalo da cruz e a sedução dos ídolos do mundo. A Igreja vem em ajuda dos neocatecúmenos entregando-lhes as armas necessárias, em três etapas:
1ª. “O ‘combate espiritual’ da vida nova do cristão é inseparável do combate da oração” (CIC 2725) que leva à intimidade com Deus. A Igreja realiza uma primeira iniciação dos neocatecúmenos à oração litúrgica e pessoal, também noturna, que culmina com as catequeses dos Evangelhos sobre a oração e com a celebração da entrega do livro da Liturgia das Horas. Desde então, começam o dia com a oração individual das Laudes e do Ofício das Leituras e aprendem a fazer um tempo de oração silenciosa e a oração do coração.
Os neocatecúmenos, perscrutando os salmos em pequenos grupos, são iniciados à prática assídua da “lectio divina” ou “scrutatio scripturæ”, “na qual a Palavra de Deus é lida e meditada para transformar-se em oração” (CIC 1177). Com efeito, “a ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo” (CIC 133).
2ª. A Igreja entrega aos neocatecúmenos o Credo (“Traditio Symboli”), “compêndio da Escritura e da fé” (DGC 85), e os envia, dois a dois, a pregá-lo pelas casas da Paróquia. Eles estudam e celebram artigo por artigo o Símbolo apostólico e o restituem à Igreja (“Redditio Symboli”), confessando a sua fé e proclamando o Credo solenemente perante os fiéis, durante a Quaresma.
3ª. A Igreja realiza uma segunda iniciação dos neocatecúmenos à oração litúrgica e contemplativa, que culmina com as catequeses sobre a oração do Senhor e com a celebração da entrega do “Pai nosso”, “síntese de todo o Evangelho” (DGC 85). Desde então, nos dias feriais do Advento e da Quaresma, eles começam a celebrar comunitariamente na Paróquia, antes de ir ao trabalho, as Laudes e o Ofício das Leituras, com um tempo de oração contemplativa.
Os neocatecúmenos são iniciados a tornarem-se pequenos (cfr. Mt 18,4) e a viverem abandonados filialmente à paternidade de Deus, protegidos pela maternidade de Maria e da Igreja, e na fidelidade ao Sucessor de Pedro e ao Bispo. A tal fim, antes da entrega do “Pai nosso”, os neocatecúmenos fazem uma peregrinação a um santuário mariano para acolher a Virgem Maria como Mãe (cfr. Jo 19,26-27), professam a fé na tumba de S. Pedro e fazem um ato de adesão ao Santo Padre.
Nesta etapa os neocatecúmenos celebram sistematicamente cada uma das petições do “Pai nosso” e temas sobre a Virgem Maria: Mãe da Igreja, Nova Eva, Arca da aliança, Imagem do cristão, etc. salmos

[editar]Eleição

A terceira fase do Neocatecumenato é o Redescobrimento da Eleição, “eixo de todo o catecumenato” (RICA 23). É um tempo de iluminação no qual a Igreja ensina aos neocatecúmenos a caminhar no louvor, “inundados pela luz da fé” (RICA 24), ou seja, a discernir e cumprir a vontade de Deus na história para fazer da própria vida uma liturgia de santidade. Eles estudam e celebram cada um dos fragmentos do Sermão da Montanha.
Após terem mostrado com obras que neles está se realizando, ainda que na debilidade, o homem novo descrito no Sermão da Montanha, que, seguindo as pegadas de Jesus Cristo (cfr. 1 Pe 2,21), não resiste ao mal e ama o inimigo (cfr. Mt 5,39-45), os neocatecúmenos renovam solenemente as promessas batismais na Vigília Pascal, presidida pelo Bispo. Nesta liturgia, vestem as túnicas brancas em lembrança do seu batismo. Depois, durante os cinqüenta dias pascais, celebram cada dia a eucaristia solenemente e fazem uma peregrinação à Terra Santa como sinal das bodas com o Senhor e uma profunda gratidão por tudo o que Deus realizou na vida de cada catecumeno que chega até esta etapa e percorre todos os lugares onde Cristo realizou tudo quanto eles viveram durante todo o itinerário neocatecumenal.

[editar]O Processo de Educação Permanente à Fé

A Comunidade Neocatecumenal, após cumprir o itinerário de redescobrimento da iniciação cristã, entra no processo de educação permanente à fé: perseverando na celebração semanal da Palavra e da Eucaristia dominical e na comunhão fraterna, ativamente inseridos na pastoral da comunidade paroquial, para dar os sinais do amor e da unidade (cfr. Jo 13,34-35; 17,21), que chamam o homem contemporâneo à fé:
“A educação permanente à fé - afirma o DGC, nº 70 - se dirige não apenas a cada cristão, para acompanhá-lo no seu caminho rumo à santidade, mas também à comunidade cristã enquanto tal, para que amadureça tanto na sua vida interior de amor a Deus e aos irmãos, quanto na sua abertura ao mundo como comunidade missionária. O desejo e a oração de Jesus ao Pai são um incessante apelo: “a fim de que todos sejam uma só coisa. Como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que também eles sejam uma só coisa em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17,21). Aproximar-se, pouco a pouco, desse ideal, exige, na Comunidade, uma grande fidelidade à ação do Espírito Santo, um constante alimentar-se do Corpo e Sangue do Senhor e uma permanente educação à fé, na escuta da Palavra”.
O Caminho Neocatecumenal é assim um instrumento a serviço dos Bispos para realizar o processo de educação permanente à fé solicitado pela Igreja: a iniciação cristã, como reafirma o DGC, nº56, “não é o ponto final no processo permanente de conversão. A profissão de fé batismal coloca-se como fundamento de um edifício espiritual destinado a crescer”; “a adesão a Jesus Cristo, de fato, inicia um processo de conversão permanente, que dura toda a vida”.
Deste modo, o Caminho Neocatecumenal contribui para a renovação paroquial desejada pelo Magistério da Igreja de promover “novos métodos e novas estruturas”, que evitem o anonimato e a massificação (cfr. João Paulo II, Discurso à Conferência dos Bispos de Ontário, em L’Oss. Rom., 5 maio 1999), e de considerar “a Paróquia como comunidade de comunidades” (Ecclesia in America, 41), que “descentralizam e articulam a comunidade paroquial” (Redemptoris missio, 51).

[editar]Carismas

Muitos foram os dons do Espírito que caracterizaram o desenvolvimento do Caminho, em particular os Catequistas Itinerantes, as Famílias em Missão e os Seminários "Redemptoris Mater".

[editar]Catequistas Itinerantes

Vários Bispos, preocupados com a situação de secularização presente em tantas Paróquias e vendo que naquelas onde tinha nascido o Caminho Neocatecumenal constituíam-se pequenas comunidades vivas, cheias de afastados, solicitaram a abertura do mesmo percurso de iniciação cristã, pedindo catequistas de outras cidades e nações. Isto deu lugar ao nascimento dos Catequistas Itinerantes. Nos encontros catequistas são expostos estes pedidos dos Bispos e pede-se que se apresentem livremente aqueles que se sentem chamados a partir para anunciar o Evangelho, tornando-se disponíveis para tal missão, tendo por base o mandato do próprio Batismo. Aparece, assim, de novo um modelo de Igreja Primitiva evangelizada pelos apóstolos e catequistas itinerantes, sem que estes formem algum grupo particular. Esses permanecem inseridos nas próprias comunidades e paróquias, das quais partem e às quais retornam periodicamente.
Assim, pouco a pouco, através da experiência e em tantas convivências de formação, foram constituídas equipes itinerantes de evangelização, formadas por mulheres e homens celibatários ou por um casal, e por um sacerdote que obtém a autorização de seu Bispo ou Superior religioso. Estas vão durante um tempo a uma outra Diocese, de acordo com o Bispo que os chama, para abrir o Caminho Neocatecumenal nas Paróquias. Tal estrutura de evangelização, como um andaime, é coordenada pela Equipe Responsável do Caminho Neocatecumenal, composta pelos iniciadores, Kiko e Carmen, e por um presbítero, Padre Mário Pezzi. Assim, ao longo destes anos, o Caminho se difundiu nos cinco continentes.

[editar]Famílias em Missão

Diante da situação do Norte da Europa, onde a secularização já está presente há muitos anos, onde a Igreja é minoritária e se encontra em uma situação de debilidade extrema, e, sobretudo, onde está destruída a família -, inspirados pelas palavras do Santo Padre, Kiko e Carmen viram a necessidade de enviar famílias em missão, seja para fundar a Igreja em algumas regiões de "terra nullius", como uma "implantatio Ecclesiae", seja para ajudar a reforçar as comunidades existentes com famílias que mostrem a face de uma “família cristã”.
Também na América do Sul, em função da enorme emigração do campo rumo às periferias das grandes cidades e da escassez de clero para abrir novas Paróquias, estes enormes aglomerados urbanos são presas das seitas. Os Bispos, tendo em vista a força de evangelização que tem o Caminho, pediram o envio de famílias para estes centros periféricos, freqüentemente bairros imensos compostos de barracos, para formar núcleos de evangelização que possam conter as seitas, formando pequenas comunidades, à espera de poder enviar um presbítero e fundar novas Paróquias.
Tudo isto fez com que o Santo Padre João Paulo II no ano de 1988 enviasse, para diversos lugares, as primeiras cem famílias solicitadas pelos Bispos.
Estas famílias, que permanecem unidas à própria Comunidade Neocatecumenal, inserida na Paróquia, são sustentadas pela comunidade e pela paróquia naquilo que faz referência às despesas com viagens, aluguel de casa, construção de novas igrejas apoio moral, cartas, orações, etc. Nasce, assim, uma profícua colaboração entre comunidade, paróquia e missão.
Em Janeiro de 2011 o Papa Bento XVI enviou mais de 200 famílias em Missão em uma celebração. Hoje, o número das famílias do Caminho em missão para a nova evangelização em 78 países é de mais de 800, com 3.097 filhos, das quais 389 na Europa, 189 na América, 113 na Ásia, 56 na Austrália, 46 na África e 15 no Oriente Médio [3].

[editar]Seminários Redemptoris Mater

Da obra de evangelização, iniciada pelas famílias em diversas regiões, rapidamente surgiu a necessidade de presbíteros que sustentassem as novas comunidades apenas formadas e com os quais se pudessem constituir, eventualmente, novas Paróquias.
Neste contexto, nasceram os Seminários "Redemptoris Mater": graças à visão profética dos iniciadores do Caminho, à coragem do Papa João Paulo II e ao impulso missionário das Famílias em Missão, quase todas com muitos filhos, cujo testemunho de fé foi fundamental para a re-evangelização e formação de novas Paróquias.
Estes Seminários são diocesanos, erigidos pelos Bispos, de acordo com a Equipe Responsável Internacional do Caminho, e se regem segundo as normas vigentes para a formação e incardinação dos clérigos diocesanos; são missionários: os presbíteros que neles são formados são disponíveis para serem enviados pelo Bispo a qualquer parte do mundo; são internacionais: os seminaristas provêm de países e continentes diversos, seja como sinal concreto da catolicidade, seja como sinal de disponibilidade para serem enviados onde quer que seja.
Mas, o dado mais significativo destes Seminários é que eles, de uma parte, são um dom que ajuda as Dioceses a abrirem-se à dimensão missionária, a irem por todo o mundo, e de outra, encontram no Caminho Neocatecumenal, um sustento que acompanha os seminaristas durante o tempo de sua preparação e, uma vez presbíteros, continua a sustentá-los na formação permanente.

[editar]Reconhecimento do Caminho Neocatecumenal

O cardeal Stanislaw Rylko, o atual presidente do Conselho Pontifício para os Leigos, entregou do dia 13 de Junho de 2008 aos Iniciadores do Caminho Neocatecumenal, Kiko Arguello e Carmen Hernández, o decreto de aprovação definitiva dos estatutos dessa realidade eclesial.
O ato aconteceu às 11h na Sala Magna do Conselho Pontifício para os Leigos. O cardeal Rylko lhes entregou o decreto de aprovação, junto com o texto final dos estatutos. Depois, os membros da equipe apresentaram publicamente o texto, em uma coletiva de imprensa que aconteceu às 16h, na sede do Caminho Neocatecumenal em Roma.

[editar]O Caminho em Números

  • Seminários: 86 seminários diocesanos missionários Redemptoris Mater.
  • Seminários no Brasil: 2 (Brasília e São Paulo) e um de missão especial (Rio de Janeiro).
  • Seminaristas: 2.009
  • Presbíteros ordenados: mais de 3.000
  • Bispo com formação no R.M.: 02 (Callao e Arequipa/Peru)
  • Países: 110
  • Dioceses: 900
  • Comunidades: 41.000
  • Paróquias: 6.000
  • Número das famílias do Caminho em missão para a nova evangelização: cerca de 1000 para mais de 78 países .
  • Pessoas que seguem: mais de 1,5 milhão de pessoas

Comunidades do Caminho Neocatecumenal na Europa e na América

NaçãoComunidades
Albânia Albânia22
Alemanha Alemanha50
Áustria Áustria38
Bielorrússia Bielorrússia11
Bélgica Bélgica20
Bulgária Bulgária10
Croácia Croácia250
Chipre Chipre5
República Checa República Tcheca40
Espanha Espanha6,000
Estónia Estônia5
França França60
Geórgia Geórgia6
Grécia Grécia6
Hungria Hungria40
Inglaterra Inglaterra32
República da Irlanda Irlanda25
Itália Itália10,000
Israel Israel8
Letónia Letônia9
Lituânia Lituânia20
Luxemburgo Luxemburgo1
Malta Malta100
Países Baixos Holanda40
Polônia Polônia1,000
Portugal Portugal300
Romênia Romênia50
Rússia Rússia5
Escócia Escócia3
Sérvia República da Macedónia Flag of Bosnia and Herzegovina.svg Sérvia, Macedônia & Bósnia-Herzegovina30
Eslováquia Eslováquia65
Eslovénia Eslovênia40
Suíça Suíça35
Finlândia Suécia Noruega Escandinávia10
Turquia Turquia8
Ucrânia Ucrânia45
NaçãoComunidades
 Argentina1.500
 Bolívia400
 Brasil5.600
 Canadá40
 Chile460
 Colômbia2.000
 Costa Rica350
 Cuba45
 República Dominicana560
 Equador570
 El Salvador500
 Guatemala800
 Honduras440
 México3.200
 Nicarágua300
 Panamá200
 Paraguai500
 Peru960
 Porto Rico130
EUA norte-americano(a)600
 Uruguai200
 Venezuela1.100