13.2.13

Como somos enganados todos os dias......

DE TODOS OS DIAS   A RESPEITO DE DANOS

  Incomodam-me, demais,  campanhas de prevenção a isto ou aquilo, em que se propõe a redução de um dano sem que se aprofunde em consequências maiores. Acontecem há anos.
Dentre elas se encontram algumas, no Carnaval, que dizem respeito ao uso de preservativo e, se beber, à troca de motorista.
E deixo claro que não tenho nada contra o Carnaval como manifestação da alegria popular, do qual participei por vários anos, conduzida por marchinhas, confetes e serpentinas. 

A proposta, das tais campanhas, é mais ou menos assim: pode-se encharcar de bebida, se pegar carona na volta para casa.  E, nos relacionamentos que surgirem, “põe camisinha e faz folia”.

Dessa forma, ria à toa, pois “saúde vale ouro” e a DST passa longe. Jamais neguei minhas convicções de formação familiar e de caminhada na Igreja. 

Os princípios morais, nos quais fui criada, me fazem feliz e me ajudam a pedir perdão nas quedas.

Possuo plena consciência de que as pessoas são livres e de que o Estado é laico e, por isso,  tenho o direito, como cidadã, de opinar.

Em primeiro lugar, se fosse possível escolher, os impostos que pago não poderiam ser revertidos na compra de preservativos. 

Seriam usados para material educativo que levasse as pessoas a um conhecimento mais profundo dos danos da promiscuidade sexual e do uso indiscriminado de bebidas alcoólicas, pois o que se vê é a disseminação das ideias, acrescentando termos chulos, de que basta trocar de banco do carro e usar preservativo “pra poder dar no couro”.

Não identifico, nessa época de festa, um material de aprofundamento sobre as doenças decorrentes do alcoolismo, de como se dá a dependência de álcool, do álcool como porta de entrada para o uso de outras drogas. 

Ou se não dirigir, quando estiver alcoolizado, inviabiliza outros efeitos do álcool no organismo?

Não encontro, igualmente, a preocupação com o estímulo à promiscuidade sexual, além das doenças sexualmente transmissíveis: desajustes emocionais, vazio interior, autoestima rebaixada, prostituição, distância da espiritualidade etc.

É o chamado “vale tudo” que chega, na passarela e nas portas dos clubes, a todas as idades. 

Pode-se argumentar que é uma escolha.  Mas será que estão todos realmente preparados, em seu discernimento, para essa escolha? E os adolescentes que são atingidos pelo mesmo tipo de “campanha” e, na rebeldia própria da idade, resolvem experimentar o uso de aguardente e de corpos?

Lamentável! Como escreveu São Paulo em sua Carta aos Coríntios ( 6, 12): “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém”. 

A omissão é parte da ruína de um povo. Quem sem habilita, diante de conceitos equivocados, a protestar e  a mostrar as inconveniências do incentivo ao uso de álcool e da promiscuidade sexual, através de  propagandas equivocadas?  

Maria Cristina Castilho de Andrade